A mídia retrata, critica, sugere ou
impõe a realidade.
Quando retrata é mídia passiva,
apenas útil como espelho para mostrar o que já se vê no dia a dia.
Quando critica avalia, aponta
equívocos, destaca virtudes, insinua causas e consequências, faz pensar.
Quando sugere, aponta caminhos,
propõe alternativas, conjectura possibilidades, abre debates, faz antever novos
cenários.
Quando impõe, desrespeita, acha-se
dona da verdade, almeja implantar uma nova e sua realidade, agride, insulta,
desconsidera valores, fecha os olhos para a realidade que está, em favor da que
pretende implantar. É radical e, por isso, opressora e perversa.
O que temos hoje no Brasil é a tentativa
de implantação da mídia impositiva, em prejuízo crasso da reflexiva e crítica;
em prejuízo óbvio da que é racional, da de bom senso e da plausível.
O caso que gera agora reações das pessoas,
trazido ao ar pela Rede Globo de Televisão, com a recém lançada novela
“Babilônia”, é uma demonstração clara da tentativa dessa mídia impositiva e
perversa estabelecer-se e, pior, prevalecer.
Aconteça isso e teremos instalada
a ditadura midiática, agora ditando não cortes de cabelo, vestuários e grifes,
mas ideologias, hábitos e comportamentos.
Nada mais avesso aos princípios
cristãos, zelosos dos bons costumes de uma moralidade equilibrada e fortemente
embasada num espiritualidade saudável, onde a mente é desafiada a um constante
inconformismo com realidades más e improdutivas; onde a consciência crítica é
estimulada para provocar mudanças positivas nas realidades vigentes.
Do ponto
de vista cristão a realidade não é destino, especialmente quando se apresenta
débil, enferma, exibindo contornos de crueldade e de maldade.
Por esta razão nós, pastores e
líderes batistas, indignados com esta postura ditatorial da Rede Globo, ao
colocar no ar cenas que, além de não retratarem a realidade, pulam a etapa da
reflexão e insistem na tentativa de convencer as pessoas que o lixo é bom, que
o podre é nobre e que a imundície é saudável.
Nossa indignação é reagente a este persistente esforço da Rede Globo,
mormente através da sua dramaturgia, de destruir a família, esculachar com o
casamento, legitimar o adultério como caminho viável à felicidade e a mentira, traição
e falsidade como ferramentas sadias para se conseguir o que se deseja.
Indignados, nos manifestamos objetivamente contra as novelas e os
programas da Rede Globo que seguem nesta trilha nefasta, desmanteladora da família
e demolidora dos valores cristãos, bem como contra qualquer outra emissora que
vá na mesma direção.
Fazemos, como líderes cristãos que somos, ecoar tão longe quanto possível,
a lembrança de que somos, como pessoas, agentes e não meros objetos da
história.
Somos nós que compramos os aparelhos de TV, somos nós que escolhemos
nossos pacotes de canais por assinatura, somos nós que selecionamos os canais e
somos nós, com a nossa audiência ou com a ausência dela, que decidimos que tipo
de mídia desejamos.
Assim, apelamos ao povo brasileiro que não se deixe dominar por uma
mídia perversa que tudo faz para implantar a tirania do poder midiático. Ao
contrário, escolha criteriosamente canais e programas; que aguce sua
consciência crítica e lute por uma mídia saudável e benévola, construtiva de um
Brasil melhor.
Que o povo brasileiro lembre-se do que ensinou Paulo, o Apóstolo: “E não
vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus.”
Rio de Janeiro, Março
de 2015.
Ministério OIKOS – Ministério Cristão de Apoio
à Família
Fonte: Movimento Cristão em Defesa da Família
Aliança Pró-Família
Recebido por e-mail via Pr. Cleydemir Santos
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